A Ordem dos Engenheiros realizou um levantamento de necessidades, com uma Rota do Bastonário à Infraestruturas de Portugal

29 Fev 2024

As "Rotas do Bastonário – Engenharia em Movimento - Rotas do Talento” aconteceram ontem, dia 28 de fevereiro, com início em Évora.

Uma comitiva de cerca de 25 membros, liderada pelo Bastonário, que integrou os Vices-presidentes Nacionais e o Presidente do Colégio de Engenharia Civil, visitou as obras do Corredor Ferroviário Internacional Sul, mais especificamente do troço Évora Norte – Freixo. A comitiva foi recebida pelo Vice-presidente da IP e por muitos dos responsáveis por esta grande obra ferroviária. 

O troço visitado está inserido na obra do Corredor Internacional Sul.

O objetivo é também aumentar a capacidade logística dos Portos a Sul de Portugal. 

A nova linha agora em construção tem cerca de 100kms de extensão e é uma infraestrutura moderna e apontada para o que de melhor se faz a nível europeu, o objetivo é também aumentar mais de 2 vezes o tamanho dos comboios que circulam, bem como encurtar o percurso do transporte de mercadoria em 140 kms e em 3,5 horas.  

A obra contempla 3 estações técnicas para o cruzamento de comboios e a linha permitirá a circulação do transporte de passageiros a uma velocidade de 250kms/h.

As preocupações ambientais e com a preservação da biodiversidade ficaram bem patentes durante a visita à obra, tendo em conta que toda a planificação da mesma teve em conta variáveis relacionadas com os habitats das espécies que populam as zonas envolventes.



A tarde ficou marcada por uma sessão na sede da IP e que reuniu a comitiva da Ordem dos Engenheiros, a administração da IP e muitos engenheiros que ali desempenham funções.

"A engenharia portuguesa está ao nível do melhor que se faz no mundo. Não temos um problema de qualidade. Temos apenas um problema de escala que está relacionado com a dimensão do País”, referiu Fernando de Almeida Santos, em conversa com os engenheiros que trabalham na Infraestruturas de Portugal.

Por sua vez, Miguel Cruz, Presidente da Infraestruturas de Portugal mencionou: "Queremos ter uma estabilidade nos planos de investimento a longo prazo de forma a que consigamos não só atrair talentos para a IP mas também dar indicações ao mercado que o permita dimensionar-se adequadamente. Esta é uma casa também vossa porque temos interesse em que a Ordem possa não só defender a profissão, mas também possa dinamizar a profissão para que possamos executar os planos que temos para implementar."
                                                                                      

Esta partilha decorreu num ambiente de grande proximidade, tendo a interação permitido perceber as preocupações destes engenheiros, como sejam a saída de quadros qualificados da empresa e as acrescidas responsabilidades e trabalho de quem fica, os valores dos preços-base dos concursos públicos lançados pela empresa, bem como a reposição de carreiras públicas dos engenheiros.

Foi ainda assinado um protocolo de colaboração, entre a Ordem dos Engenheiros e a Infraestruturas de Portugal, que tem por objetivo promover iniciativas e ações que tenham por objetivo reforçar as competências dos profissionais de Engenharia, bem como promover a profissão e a captação de talentos.