Os Engenheiros Navais em Portugal são herdeiros de uma longa tradição na construção naval, a qual permitiu a Expansão Marítima nos séculos XV e XVI.
Os nomes e obras de alguns dos homens que estudaram e construíram navios em Portugal nesta época chegaram aos nossos dias: Fernando de Oliveira, João Baptista Lavanha e Manuel Fernandes. Os Descobrimentos e posteriormente a manutenção do transporte regular de passageiros e mercadorias e da segurança marítima entre as múltiplas componentes do "espaço português" até ao século XX muito devem assim à Engenharia Naval portuguesa.
A recente "redescoberta" da Economia do Mar como fonte de riqueza e de recursos, em particular com o desenvolvimento das energias renováveis marinhas e com a expansão da plataforma continental, que poderá potencialmente conter recursos em petróleo, gás natural e minérios, irá certamente colocar grandes desafios e oferecer novas oportunidades à Engenharia Naval e Oceânica portuguesa no século XXI.
Colégio de Engenharia Naval e Oceânica da Ordem dos Engenheiros
A OE foi criada a 29 de novembro de 1936 com cinco especialidades de engenharia, tendo a Engenharia Naval sido a primeira especialidade a juntar-se às especialidades fundadoras. Tal ocorreu apenas cinco anos depois, a 29 de janeiro de 1941, tendo sido eleito para seu primeiro presidente o engenheiro Vasco José Taborda Ferreira.
A OE foi criada a 29 de novembro de 1936 com cinco especialidades de engenharia, tendo a Engenharia Naval sido a primeira especialidade a juntar-se às especialidades fundadoras. Tal ocorreu apenas cinco anos depois, a 29 de janeiro de 1941, tendo sido eleito para seu primeiro presidente o engenheiro Vasco José Taborda Ferreira.
Domínios de Intervenção do Engenheiro Naval e Oceânico
Os domínios de intervenção do Engenheiro Naval e Oceânico são bastante abrangentes, sendo o primeiro dos quais o projeto, construção, modificação, reparação, manutenção e desmantelamento de navios, embarcações, outros veículos marítimos e estruturas flutuantes e oceânicas.
No domínio de intervenção do projeto o Engenheiro Naval e Oceânico possui a responsabilidade técnica global, incluindo a segurança e a prevenção da poluição, mas também os aspetos ligados às qualidades náuticas e operacionais do navio, bem como os aspetos ergonómicos e de automação.
Na atividade industrial de construção, modificação, reparação e desmantelamento de navios, o Engenheiro Naval e Oceânico atua quer como gestor de produção ou de projeto, quer como especialista no planeamento da produção e na definição das estratégias construtivas e das soluções operativas.
Constituem também outros domínios de intervenção do Engenheiro Naval e Oceânico os seguintes:
• Gestão técnica, comercial e da manutenção,
• Gestão e planeamento de operações marítimas e da interface marítimo-portuária,
• Desenvolvimento e aplicação (aprovação, vistoria e inspeção) de regras e regulamentos,
• Consultoria e assessoria técnica, assim como a atividade pericial,
• Comercialização e suporte técnico de sistemas e equipamentos marítimos,
• Docência e investigação.
O Colégio de Engenharia Naval e Oceânica tem os atos da atividade profissional do Engenheiro Naval e Oceânica regulados através do Regulamento n.º 420/2015 publicado no Diário da República n.º 139/2015 de 20 julho.
Um mar de oportunidades
Áreas Técnicas da Engenharia Naval e Oceânica
Áreas Técnicas da Engenharia Naval e Oceânica
As áreas técnicas da Engenharia Naval e Oceânica, são as diferentes áreas interdependentes que permitem realizar o desenvolvimento do projeto do navio na sua globalidade, sendo as seguintes:
• Arquitetura Naval,
• Estática e Estabilidade,
• Resistência e Propulsão,
• Resistência Estrutural,
• Comportamento no Mar,
• Manobrabilidade,
• Vibração e Ruído.
A única formação completa, compreendendo todas estas áreas da Engenharia Naval e Oceânica, existente atualmente em Portugal, corresponde ao conjunto da Licenciatura e Mestrado em Engenharia Naval e Oceânica ministrados no Instituto Superior Técnico.
Órgãos Eleitos
Dina Maria Correia Santos Paz Dimas
Presidente do Conselho Nacional do Colégio de Engenharia Naval e OceânicaJosé Manuel Bravo Ferreira da Cruz
Vogal do Conselho Nacional do Colégio de Engenharia Naval e OceânicaTiago Alexandre Rosado Santos
Vogal do Conselho Nacional do Colégio de Engenharia Naval e OceânicaLegislação
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