Quinta-Feira - 22 de novembro
Evento
XII Encontro Nacional do Colégio de Engenharia Eletrotécnica da Ordem dos Engenheiros
A Mobilidade Elétrica - Panorama Atual e Perspetivas FuturasA mobilidade elétrica é uma realidade no nosso país que promete ser vencedora dos desafios que enfrenta. Deparamo-nos todos os dias, e em todos os lugares, com viaturas elétricas, sejam automóveis e ciclomotores, sejam outros veículos imaginativos, tais como trotinetas e outros dispositivos ligeiros. Verifica-se também o retorno à aposta dos transportes coletivos de tração elétrica - autocarros, elétricos, tróleis, comboios, etc.
Este novo panorama traz benefícios evidentes na redução da poluição atmosférica e das emissões de gases de efeito de estufa (mais valias a nível das alterações climáticas), a redução dos níveis de ruído nas cidades e também outros benefícios secundários, mas não menos importantes: redução da fatura de mobilidade das famílias e empresas que optem por esta solução alternativa de mobilidade, bem como a redução da dependência externa do país em combustíveis fósseis.
A iniciativa de desenvolver o setor das energias renováveis, que Portugal abraçou com entusiasmo há algumas décadas, terá a sua continuidade na mobilidade elétrica uma vez que é um complemento natural do aproveitamento dessas energias limpas - ainda que intermitentes. Aliás, a mobilidade elétrica permite diminuir os efeitos negativos dessa intermitência diária na produção de energia, adotando soluções de carregamento e descarregamento sincronizadas com a disponibilidade do recurso natural.
As estratégias nacionais e as políticas públicas de apoio à mobilidade elétrica devem ter em conta novos grupos alvo para a penetração de veículos elétricos, a reflexão sobre o enquadramento regulamentar para as atividades principais da mobilidade elétrica, a reorganização da gestão da rede de abastecimento público e dos sistemas de informação, dos serviços de suporte aos agentes de mercado e aos utilizadores.
A grande utilização do veículo elétrico nas deslocações de pequeno curso nas cidades coloca o município como agente fundamental nesta transição e deverá, por isso, adotar políticas proativas próprias de incentivo e de apoio a este novo paradigma.
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