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Relatório da Visita Técnica às Obras dos Túneis de Drenagem Pluvial de Lisboa

24 Out 2023
Relatório da Visita Técnica às Obras dos Túneis de Drenagem Pluvial de Lisboa
A Comissão de Especialização em Engenharia Sanitária (CEES) da Ordem dos Engenheiros, promoveu uma visita técnica às obras dos túneis de drenagem pluvial de Lisboa, concretamente ao estaleiro de Monsanto/Campolide, com receção nas instalações pelo Engº José Silva Ferreira, Coordenador da Equipa de Projeto para o Plano Geral de Drenagem de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa.

Programa da Visita 
9:00-9:15 Receção dos Participantes no estaleiro de Campolide
9:15-10:15 Apresentação do PGDL e obra dos túneis em sala de reunião
10:15-10:30 Distribuição de EPI pelos visitantes que dele necessitem
10:30-12:00 Visita pelo estaleiro de Campolide

Participaram da visita os seguintes membros da Ordem dos Engenheiros: Alexandra Cristóvão, Alexandre Antunes, Ana Amélia Santos, António Manuel Santos Silva, Bruno Ferreira, Carlos Mercês de Melo, Catarina Viditas, Filipa Ferreira, Herlander Mauro Carvalho, João Salvador de Paiva, Jorge Lopes, José Fialho, José Ferreira, Lisete Epifâneo, Luis de Carvalho Machado, Maria Helena Alegre, Nelson Carriço, Pedro Almeida, Pedro Lajinha, Ricardo Anastácio, Ricardo Rodrigues, Sergio Notarianni, Silvino Pompeu-Santos, Vítor Cotovio e o coordenador da CEES Mário Russo. 

A delegação foi recebida às 9:00 horas na sala de reuniões das instalações no estaleiro de Campolide, no concelho de Lisboa, pelo Engº José Silva Ferreira, da Equipa de Projeto para o Plano Geral de Drenagem de Lisboa.

Conforme pograma, o evento iniciou-se com a apresentação do PGDL e da obra dos túneis pelo Engº José Silva Ferreira, complementada pela Engª Filipa Ferreira. Os participantes da visita tiveram ocasião de questionar os apresentadores para melhor se informarem sobre o Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) e as obras em curso. Seguiu se a visita guiada ao estaleiro de Campolide, onde foi possível ouvir as explanações do Engº José Silva Ferreira, bem como de outros técnicos da Equipa de Projeto para o Plano Geral de Drenagem de Lisboa.

A tuneladora, denominada H2O Lisboa, tem 130m de comprimento total, escava em média 10 metros de túnel por dia e a conclusão da obra está prevista para 2030, com duração total de 16 anos. 

Reportagem Fotográfica
 
Figura 2 – Alguns dos participantes da visita junto à tuneladora, no início do túnel, em Campolide
 
Figura 3 – A cabeça da tuneladora posicionada no início de escavação do túnel, no poço de descontaminação de Monsanto, em Campolide.

 
Vista do poço, na Quinta de S. José, em Campolide

Aduelas pré-fabricadas do túnel
  
Canteiro de obras, visita à tuneladora

Cabeça da tuneladora posicionada na entrada do túnel
 
Visita da tuneladora junto da cortina de suporte do da cortina de suporte do poço de descontaminação de Monsanto

Participantes da visita junto à tuneladora

Um pouco sobre o Plano Geral de Drenagem de Lisboa
O Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL 2016-2030), desenvolvido pelo consorcio Hidra, ENGIDRO e BLUEFOCUS, apresenta um conjunto de intervenções estruturantes e complementares que visam controlar os problemas de inundação que ocorrem regularmente na cidade de Lisboa. As soluções preconizadas neste plano incluem, como uma das medidas estruturantes, a construção de dois túneis para desviar os caudais numa zona a montante dos locais de inundação, evitando que estes afluam às zonas baixas da cidade, onde a rede de drenagem, pela sua dimensão, reduzida inclinação dos coletores e por estar sob efeito da maré, apresenta uma capacidade de escoamento insuficiente.

 
Figura 4 – Perfil longitudinal do túnel de Monsanto – Santa Apolónia que drenará diversas bacias

O túnel Monsanto – Santa Apolónia, com diâmetro de 5,5 m e cerca de 5 km de comprimento, desenvolve-se desde a Quinta José Pinto, na zona de Campolide, até Santa Apolónia, onde descarregará os caudais desviados para o rio Tejo. A montante do túnel, os caudais iniciais serão conduzidos para uma bacia antipoluição, de 16 000 m3, de forma a assegurar um tratamento preliminar. Para caudais mais elevados, as águas pluviais serão sujeitas a uma tamisação antes de entrarem no túnel. A construção destas infraestruturas foi já iniciada, bem como a dos poços de interceção dos principais coletores atravessados pelo túnel, na Av. da Liberdade, na R. de Santa Marta e na Av. Almirante Reis, que permitem a queda controlada dos caudais intercetados para o interior do túnel e constituem pontos de acesso de homens e máquinas, a fim de possibilitar manobras periódicas de manutenção. Trata-se de obras complexas, com grande impacto social e de difícil execução, por estarem localizadas em meio urbano onde o espaço disponível é limitado, em grande parte devido à presença de infraestruturas críticas (tais como os túneis do metro).

O túnel Chelas-Beato, de cerca de 1 km e com o mesmo diâmetro, destina-se a resolver problemas de inundação na área de Xabregas, desviando os caudais pluviais da bacia hidrográfica de Chelas e descarregando-os no rio Tejo.
As soluções propostas no plano incluem também intervenções complementares de minimização de perdas de carga localizadas, de reforço da capacidade de captação do escoamento de superfície (sarjetas de passeio e sumidouros de grades), de reabilitação de coletores das redes principais e secundárias, e de beneficiação das descargas, por alargamento de saídas no rio Tejo.

Localização dos Estaleiros e Traçado Dos Túneis de Drenagem 
 

Localização dos estaleiros associados às obras de construção de túneis de drenagem em Lisboa.

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