Conceito
É um estudo que irá permitir refletir sobre a Engenharia do presente e as suas necessidades futuras, a partir da identificação do nível de preparação dos Engenheiros e da sua capacidade de oferecer uma resposta adequada aos desafios apresentados, sendo atualizado e melhorado ao longo dos anos futuros.
"Como Vice-presidente da Ordem dos Engenheiros, no mandato do triénio 2022/2025, um dos objetivos era o de criar o Observatório de Engenharia da Ordem dos Engenheiros, para que se possa ter um conhecimento realista do número de diplomados em engenharia no país, dar resposta às necessidades de mão de obra especializada e responder de modo eficiente às lacunas existentes dentro da área de Engenharia.
Com um futuro em constante evolução, os Engenheiros devem adaptar-se ao novo status quo onde as novas tecnologias são as principais protagonistas, potenciando, de igual forma, o desenvolvimento profissional do Engenheiro. A transformação digital implica um aumento da necessidade de adaptação dos profissionais de Engenharia que, em constante formação, são cada vez mais transversais nas suas capacidades, de forma a dar resposta aos novos desafios que a sociedade lhes apresenta.
Este trabalho baseou-se em dados obtidos através da DGEEC (Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência), e dados recolhidos internamente.
Este estudo contempla as 12 Especialidades da Ordem dos Engenheiros, sendo realizado com dados correspondentes ao intervalo de anos letivos de 2010/2011 a 2021/2022.
Certos de que, é só um início, pois trata-se de um trabalho em contínua atualização e continuaremos a dar seguimento."
Âmbito:
O âmbito do observatório de Engenharia é a promoção da difusão da Engenharia e das suas perspetivas de futuro, tornando-se num centro de referência para a análise, evolução e difusão da profissão e da sua contribuição para o progresso social e desenvolvimento económico.
Objetivos:
- Elaboração de um Relatório sobre a situação atual da Engenharia em Portugal, as suas perspetivas e necessidades futuras, progresso e bem-estar da nossa sociedade na próxima década;
- Conhecer as possibilidades profissionais/académicas que existem e o que se pode esperar no futuro;
- Ressalvar a importância da Engenharia e dos seus profissionais para o desenvolvimento da sociedade em geral.
Gráfico 1: Evolução do Número total de estudantes inscritos entre os anos letivos de 2010/2011 e 2021/2022
Como se verifica no Gráfico 1, a tendência de inscrições em cursos de engenharia tem vindo a diminuir, tendo atingido um valor mínimo no ano letivo 2016/17, tendo vindo a recuperar, sem se atingir o número de inscrições do passado (2010-2011).
Atendendo ao número de anos de formação, 5 anos para mestrado integrado ou 3 anos para licenciatura e mais 2 anos para mestrado, somando a perda de alunos ao longo do curso, o Gráfico 2 revela um valor de diplomados em engenharia, com poucas variações ao longo dos anos.
