"Dada a minha experiência profissional e a minha visão sobre a revolução em curso, penso que deveremos adotar uma atitude holística, misturando diversas valências que têm trabalhado de modo independente quando deveriam trabalhar em colaboração. Penso que a Engenharia, aliada às atividades de promoção e dos fundos de investimento imobiliário, poderá ter um enorme rejuvenescimento e crescimento para um nível há muito tempo não visto.

A ideia seria juntar as capacidades de processamento lógico, matemáticas, de tecnologias (de informação) para a produção e utilização de algoritmos e plataformas digitais na gestão de projeto de empreendimentos imobiliários, o que não tem a ver com equipas projetistas nem com empreitadas. 

Falta uma valência que ligue o processo de empreendimento imobiliário aos processos de promoção e gestão de fundos, na definição de business plans, no planeamento e controlo dos fluxos de informação e capital entre o promotor e os diversos provedores do processo imobiliário (construção, projeto, preparação de obra, fiscalização, banca, etc.)

 

A engenharia poderia abrir aqui um novo caminho de desenvolvimento, em que transforma a realidade objetiva do mundo da construção à realidade virtual e abstrata dos números e dos bites que as sociedades gestoras de fundos procuram para os seus negócios. A engenharia pode ter um papel essencial na ligação com este processo (a outra área é a relacionada com o marketing e o estudo de mercados)."